O Big Brother Brasil 21 tem sido alvo de polêmicas sobre rejeição e danos às imagens dos participantes. As atitudes tomadas dentro da casa acabaram comprometendo suas carreiras no mundo real.
Nós podemos aprender muito sobre essa situação, especialmente, como as assessorias de imprensa têm trabalhado para gerir a crise causada pelos seus clientes.
Neste artigo, buscaremos analisar alguns movimentos realizados por essas assessorias e entender quais ensinamentos podemos extrair para o desenvolvimento de uma comunicação que contorne a crise e mantenha a imagem dos seus clientes a salvo.
Confira!
Os movimentos das assessorias
Karol Conká
A personagem mais rejeitada pelo público, saindo com 99,17% dos votos, o recorde de todas as edições, Karol Conká teve sua imagem quase destruída devido as suas atitudes no programa. O “quase” ficou por conta da sua assessoria.
Com um enorme desafio à frente, a assessoria da cantora nem esperou que ela saísse da casa para se posicionar. No dia 01 de fevereiro, 22 dias antes de sua eliminação, soltou uma nota em seu Twitter pessoal apelando para a dicotomia “realidade televisa x mundo real”. Buscou realçar sua fragilidade, deixando a entender que fora do programa a cantora é outra pessoa.
Com sua iminente eliminação no dia 23 de fevereiro, muitas pessoas se espantaram com o discurso de Karol Conká para o apresentador Tiago Leifert. Muitos viram aí um trabalho da sua assessoria, buscando conter os danos causados. O que impressionou parte do público foi a velocidade com que isso aconteceu.
Atualmente, o posicionamento tem sido mais brando. Se limitando a compartilhar os programas onde Karol Conká busca se defender, não há postagens com provocações ou tentando desmentir a opinião pública. É bem provável que esse movimento de “retirada” continuará por um tempo, buscando a recuperação da sua imagem junto ao público.
Nego Di
O segundo participante mais rejeitado pelo público na história do reality, Nego Di optou por um posicionamento completamente diferente da ex-BBB Karol Conká.
Prevendo sua eliminação, sua assessoria realizou uma publicação em seu Twitter pessoal um dia antes de sua saída. Dessa vez, a estratégia usada foi assumir a culpa pelas atitudes erradas e expor as ameaças de morte que seu cliente e sua família estavam sofrendo.
Após sua eliminação, o participante parece ter tomado um rumo diferente da sua assessoria. Rompeu o contrato de exclusividade da Globo e tem dado entrevista a outras emissoras, mesmo sob a multa de R$1,5 milhão prevista em contrato.
Segundo o humorista, a emissora manipulou as edições do programa, de forma a prejudicar sua imagem. Fora isso, ficou indignado com a diferença de tratamento que a Globo disponibilizou entre ele e Karol Conká.
Tal posicionamento agressivo é uma aposta: pode trazer sérias consequências ao participante ou moldar sua imagem perante o público como um injustiçado que merece uma segunda chance. O resultado dessa aposta, só o tempo dirá.
Lumena
A assessoria da psicóloga foi uma das mais ativas. A priori, em um movimento de quase abandono, a assessoria se solidarizou com a família do participante Lucas, um dos desafetos de Lumena na casa, e repudiou as atitudes tomadas pela cliente.
Após isso, passou a soltar notas onde expunha os ataques que a família e amigos estavam sofrendo. Mais tarde, explicou o porquê seu registro profissional de psicóloga estava cancelado e defendeu a ex-BBB da acusação, formalizada em processo judicial, de intolerância religiosa.
Atualmente, tem adotado uma postura mais branda, onde busca reconstruir sua imagem profissional.
O papel da assessoria de imprensa
Em cada um dos três exemplos podemos analisar algumas lições de como a assessoria trabalha e quais são seus meios de atuação.
Atualmente, vivemos um tempo de alta exposição das pessoas públicas. Com o advento das redes sociais e da internet rápida, de fácil acesso, grande parte da população pode compartilhar suas opiniões e alcançar um número de pessoas jamais imaginado. Com isso, a preservação de imagem e gerência de crises se tornou algo essencial.
Em todos os exemplos citados, podemos ver que uma boa assessoria jamais rebate uma acusação onde a maioria está contra o seu cliente. No lugar disso, é realizado um mea culpa, onde busca mostrar que o acusado entende que está errado e voltará uma pessoa melhor.
Obviamente, que existem acusações muito graves, como estupros ou pedofilia, como no caso de Ricardo di Roberto, o Japinha da banda CPM22, ou de Marcius Melhem, ex-chefe do departamento de humor da rede Globo. O primeiro foi acusado de trocar mensagens de cunho sexual com uma menina de 16 anos na época, já o último tem sido acusado de estupro pela colega de trabalho, Dani Calabresa.
Nesses casos, a assessoria toma um posicionamento de contestação absoluta da acusação, onde se almeja mostrar o cliente completamente indignado e repudiando esses atos.
Outro movimento importante a ser observado é o movimento de retirada. É de conhecimento geral que a memória da opinião pública não é das melhores, principalmente a brasileira. Tendo isso em mente, uma das estratégias é tirar a visibilidade do cliente por um tempo, até que no futuro possa retomar suas atividades normalmente, com os impactos das crises completamente absorvidos.
Ainda nessa edição do programa, veremos muitos outros movimentos das assessorias dos participantes. Desde o gerenciamento de crise, o que estamos abordando agora, até a construção de imagem pessoal de outros participantes que estão no lado favorável da opinião pública.
Que possamos observar essas ações e aprender a aperfeiçoar nossas comunicações e sempre tomar a melhor decisão para preservar nossa imagem ou de nossos clientes.
A LC4 tem um forte trabalho de assessoria de imprensa junto a seus clientes, seja na construção de suas imagens, posicionamento de mercado, aumento de visibilidade ou gerenciamento de situações adversas. Está precisando de um serviço de assessoria 4.0? Fale conosco!
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